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NOSSA HISTÓRIA

logo loja maçônica vigilância e segredo 0446

O hino de Pernambuco em seu refrão narra:
“Salve! Oh terra dos altos coqueiros!”. 
De belezas soberbo estendal! 
Nova Roma de bravos guerreiros 
Pernambuco, imortal! Imortal! 
Coração do Brasil! Em teu seio...
A Republica é filha de Olinda...

 

     Assim, podemos afirmar que na letra deste hino, o qual rende homenagens aos homens corajosos, cívicos, lideres e mártires de tantas batalhas desbravadas em busca da Liberdade da Igualdade e da Fraternidade de um povo e de um país. Encontramos a passagem da Revolução Pernambucana de 06 de Março de 1817 e, José de Barros e Lima, conhecido como: “Leão Coroado”, dentre outros ilustres personagens e movimentos políticos que existiram naquela época, que estão registrados nos anais da história de Pernambuco e do Brasil. Berço do inicio da Independência e do exercito de nosso país.

     É sabido, que o berço da maçonaria em nosso país ocorreu neste estado, historiado por vários e renomados autores. Podemos frisar, que no mês de Agosto 1879, as lojas Seis de Março de 1817 e Restauração Pernambucana fizeram uma fusão originando a  “Loja Mauriceia”.  Contudo iremos narrar a história da Loja Seis de Março de 1817, que no ano de 1801 foi fundada. 

 

     Após o desaparecimento do Areópago de Itambé, foi continuado pela Academia dos Suassuna, uma sociedade secreta, na qual ensinavam as doutrinas Liberdade, Igualdade e Fraternidade, que eram exercidas no velho mundo principalmente na França: Sendo este o lema da Maçonaria Universal, com suas cores branca, vermelha e azul, que por sua vez são as cores do GOB - Grande Oriente do Brasil, potencia esta regular e reconhecida mundialmente.

     Passados alguns anos, em 1821 foi instalada essa loja no estado de Pernambuco, mesmo antes da existência do Grande Oriente do Brasil, que só foi fundado em 17 de Junho de 1822, quase um ano após sua instalação. Decorrido a instalação desse Poder Central, tendo como o seu Grão-Mestre o príncipe regente D. Pedro I, foi enviada sua documentação oficial, “Carta Constitutiva”, estabelecendo a data oficial de sua fundação em 06 de Outubro de 1821. Com o seu cadastro de número 15, que é de direito a primeira loja fundada no estado de Pernambuco e a quinta oficial no Brasil, conhecida carinhosamente pelos Maçons Pernambucanos, como a “Vovozinha”. Sendo a Loja Cavaleiros da Cruz convidada a participar das comemorações do seu centenário em 14 de Fevereiro de 1921, conforme convite enviado.

     Devido às insatisfações e as perseguições da corte, após a proclamação da Independência do Brasil a Loja 06 de março de 1817, era uma das poucas lojas em funcionamento naquela época em todo território nacional. Porém em 1824, abraçou a idéia da Confederação do Equador, sendo seus membros perseguidos como revolucionários e considerados anarquistas, por pertencerem a Ordem Maçônica; e, em contra partida as lojas Maçônicas existentes foram fechadas, por um decreto imperial.

   Transcorridos alguns anos, após aquele período de perseguições, os seus membros estimulados pelos representantes do Grande Oriente do Brasil, voltaram a reunir-se e a funcionar. Após uma reunião de seus membros, em 01 de Julho de 1836, decidiram em fundar outra loja co-irmã com o titulo “VIGILÂNCIA E SEGREDO”, assim nasceu essa loja, onde o seu regulamento interno eram nos mesmos moldes da loja mãe 06 de março de 1817.

     Em decorrência da resolução de seus membros, de imediato enviaram toda a documentação ao Grande Oriente do Brasil no Rio de Janeiro, para efetuar o seu registro cadastral, obtendo o número 0446, somado a seu nome de batismo, pois não é pelo número cadastral, que é atribuída a antiguidade de uma loja e sim pela sua data de fundação, conforme informações do poder central em Brasília.

     A criação dessa titularidade (Vigilância e Segredo Número 0446), decorreu como prevenção, às perseguições sofridas aos membros que aderiram as revoluções de 1817, (Revolução Pernambucana ou também conhecida como a Revolução dos Padres, devido ao número de padres existentes, que abraçaram esta causa a exemplo do mais ilustre Frei do Divino Caneca) em 1824 ( Confederação do Equador), que por sua vez, o titulo da Loja Seis de Março era considerado anárquico, para o governo daquela época.

     Porém em 03 de Maio de 1852, passadas todas as perseguições aos seus obreiros, voltou ao seu nome original e uma parte de seus componentes, decidiram em ficar na recente loja “VIGILÂNCIA E SEGREDO 0446”; permanecendo assim até os dias atuais, com ambas as Lojas em pleno funcionamento, na cidade Recife. Sendo a primeira na Rua Antonio Jacinto número 79, Bairro de Santo Amaro e a segunda na Avenida Sul, número 1800 no Bairro de São José.

     Nestes 181 anos de existência, a ARLS Vigilância e Segredo 0446, tem ocupado seu lugar de destaque na Maçonaria Pernambucana, sendo uma das mais forte e conhecida, em todo estado, participando de inúmeros episódios maçônicos e por várias vezes mudou de endereço. Em 17 abril de 1893, solicitou permissão a ARLS Cavaleiros da Cruz, para reunir-se em seu templo nas quintas-feiras, pagando um aluguel estipulado em 60#000 por mês, para ajudar nas despesas de gás e água. A permissão ou contrato foi renovado em 24 de Setembro de 1894, pela importância de 80.000 por mês e mais 10.000 por cada vez que usasse o piano nas Sessões Magnas. Algum tempo as sessões passaram a ser na Rua Antônio Jacinto, 79, no Bairro de Santo Amaro, desta vez no prédio da ARLS Seis de Março de 1817. Tempos depois mudaram para o prédio da ARLS Conciliação, que ficava na antiga Rua Formosa, a qual em 15 Março de 1920, passou a ser chamada e conhecida como Av.Conde da Boa Vista.

     Porém em 25 de Fevereiro de 1930 o Venerável Mestre Ir. Alheiros pediu permissão a Loja Cavaleiros da Cruz, para reunir-se em seu novo templo, na Rua Dr. José Mariano, 238 no Bairro da Boa Vista, às terças-feiras, pelo preço de 60#000 mensal, podendo este ser aumentado para 80#000 no final do ano. Em 30 de Maio de 1932, o Ir. Joaquim Varela declarou em nome da Loja Vigilância e Segredo, informando que não poderiam pagar um débito de 15 meses de alugues atrasados e solicitou permissão para retirar os móveis, deixando de usar as instalações da loja. Todavia foi perdoada a dívida e concedida a permissão para a loja continuar se reunindo no referido templo da co-irmã.

     Por Decreto do Governo Ditatorial do Presidente Getúlio Vargas, as Lojas Maçônicas, foram proibidas de funcionar oficialmente; mesmo assim, nos anos de 1934/35/37/40/41/44 algumas lojas às escondidas faziam suas iniciações. Porém em 04 de Novembro de 1947, para que houvesse à reabertura do GOPE, seria necessário o apoio de 15 lojas e atualmente tinham o apoio de 14, isso porque fazia pouco tempo que algumas lojas estavam sendo reabertas, para funcionamento. Devido ao Decreto; todavia em 09 de Dezembro deste mesmo ano, a loja retomou seu funcionamento no último endereço, compondo assim o quadro mínimo de funcionamento do GOPE. E por sua vez em 02 de Maio 1948, por não ter obreiros efetivos em seu quadro, exceto obreiros filiados livres e não tendo renda própria, nada foi cobrado de aluguel pela ARLS Cavaleiros da Cruz.

    

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